a ti
de joelhos
eu rogo
imploro
e peço
sentir
de verdade
a pulsação do teu hálito
a pulverizar
as cores do tempo
que fazem curvas
incendiando o verbo
inundando o coração
de homens e passarinhos
de mulheres
meninos
e putas
nas esquinas
onde as sementes
da poesia florescem
como os átomos
que dançam
no varal do universo