VOLTA PRA CASA
Como há borboletas
Na minha volta,
E tão verde o campo,
Indica que é inverno.
Estou voltando,
Na moto, nada de cem por horas,
Nos olhos, minhas paisagens,
Mas n’alma tamanha tristeza,
Miserável esse homem volta,
Retorna...
Miserável esse homem!
Ver sua falha.
Como há borboletas
Na minha volta,
E chegar! Minh ’alma vergonhada,
Indica; houve falhas!
Como há borboletas
Na minha volta,
E o homem chega sem nada nas mãos,
Salgadinho, minha cidade!
Aí, como o poeta se ver tão menino na sua rua.
Como há borboletas
Na minha volta,
E andei tão longe,
Será que essas borboletas,
Sabem as minha dor?
Sabem dos meus caminhos?
Como há borboletas,
Na minha volta,
E acalentado fica meu espirito,
Minha terra,
Bendito serei eu,
Se neste chão,
Meu corpo pousa eternamente!
Como há borboleta
Na minha volta,
E só chegar, não é valido,
Pois, chego só de mim mesmo!
E de mim, nem hereditário.
Como há borboletas
Na minha volta,
E volto...
Sempre é de paz o meu peito,
Volto pra casa,
Chego já mãe!