transidos

Transidos

Se quiseres pensar meu desabrigo

Tens de caminhar o meu caminho

Entre as dores que sinto e o sorriso

Entre fases vividas e o descaminho

Por onde viajei, vem, nem te digo

O que encontrei de faca e arminho

Nas pedras que pisei ao que intrigo

Nas flores colhidas meus espinhos.

Se quiseres sorrir o meu sorriso

Arrisque me ultrapassar transindo

Sem tropeços meu tropeço sofrido,

Que a paz conseguida tem comigo

A mesma irmandade d’outro linho.

Entre risos e choros, me abrigo.

Depois do amor

Todas as horas são cinza,

Talvez um motivo

Para absorver o dia...

Depois do amor

Todas as horas são cinzas,

Talvez o fogo apagado

Acenda ainda...

Os construtores do mundo

Do livro Abrigos

Entre

Os que destroem seu redor

Tem os que se matam,

Por amor, ódio, indiferença,

Que se ferem por ferir, ou

Pela dor de não poder partir...

E pior se sente...

Neste mundo indiferente

De que seja pedra ou gente.

Entre

Os que destroem seu redor

Tem os que reconstroem

E que farão tudo novamente,

Por amor ou dó ao doente...

Este se sabe melhor e

Melhor se sente.

Neste mundo indiferente

De que seja pedra ou gente.

sergiodonadio.blogspot.com

Lonjuras

O mar está longe,

O sonho está longe.

Onde estão as coisas

Possuídas?

Passíveis de nunca acontecer

Limito-me a olhar o mar e

O sonho nesta pintura,

O que me torna menor que sou,

Apenas criatura.

Mas continuo meu passo

Viajeiro

Que importa o mar ou o sonho,

O que vi primeiro?

sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 12/07/2015
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