DESPERTAR
Despertando espio a fresta
da minha janela entreaberta,
e me deparo com o dia
estendendo os dedos longos,
a se espalhar
invadindo
o espaço limitado
pela noite mal dormida
que, ali, no canto, esquecida,
modorra, ainda, em letargo.
Dos arrabaldes, correndo,
escuto um barulho que enxota
o bafio da derrota,
e o cheiro bolorento
dos casabres fumacentos
que, bem depressa, se evola.
É o mundo que desperta,
e escancara as suas portas.
Despertando espio a fresta
da minha janela entreaberta,
e me deparo com o dia
estendendo os dedos longos,
a se espalhar
invadindo
o espaço limitado
pela noite mal dormida
que, ali, no canto, esquecida,
modorra, ainda, em letargo.
Dos arrabaldes, correndo,
escuto um barulho que enxota
o bafio da derrota,
e o cheiro bolorento
dos casabres fumacentos
que, bem depressa, se evola.
É o mundo que desperta,
e escancara as suas portas.