ABISMOS
voo para o miolo da alma
escondo da estupidez humana
na incômoda solidão
guardando íntimos desejos
em silêncios covardes
tento escrever uma poesia densa
renascer a cada verso
mas minha vontade
é pertencer aos telhados
ser o grão levada pelo vento
ao chão dos abismos
distorcer -me em miragens
voltando ao seio do êxtase-poemas
ou em fragmentos azuis da alma
guardando os pedaços-restos
das caminhadas ainda vivas.
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JF/MG-28/06/2004-10h23