Entre Sonhos

Encontro as manhãs como elas são.

A carência do sol não supre a vida.

Sempre que o sinto filtrado,

E coado, entristeço.

Num vidro de janela embaçado.

Sons chegam até o íntimo,

Imagino...Desvaneço...

Volto a realidade.

O escuro apossa-se de mim,

Acendo à luz que o espelho reflete

Desdobro-me incoerente, mas tranquila.

Sonhos d'água.

Escorregam-me os fios.

Perco-me em deslumbramento.

Um tom roxo traz-me nostalgia,

Fujo do sono acordada,

Na realidade despeço-me.

Busco outros sonhos,

O sonho confunde-se a concreto.

Mas é frágil como vidro de cristal lacrado.

Teresa Cristina Monteiro
Enviado por Teresa Cristina Monteiro em 10/07/2015
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