A SERENA RUIVA
 

Suspirou
nas doses secretas
das flores que vinham
deitar com ela
antes que
ele viesse suado
das confusões alheias
do fardo que carrega
trafega-me nos vales
que encontra sinais
de vida
pedindo que entre
usa a mesma força
que incomoda
as mesmas alegrias
entre os rapazes
as luzes incapazes
de acender
sentiram sua falta
sentirão sua nota
vagando em volta
 por que a porta
continua fechada
continua o vento forte
chorando na entrada
abrirão paixões
às ilusões amadas
todas as ilusões
podem ser compradas
meu Marchand
de obras venosas
venda-me como escrava
venda-me ao sabor
da venda
que torna surpresa
qualquer instante que vier
venda-me como quiser
nunca venda-me!