NUANCES
(Sócrates Di Lima)
Ás vezes eu no tempo paro,
Fecho as janelas dos meus olhos,
E dentro de mim me deparo,
E nele me recolho.
Vem-me então as lembranças,
Dos tempos remotos, quiçá de outrora,
Onde sorria feito crianças,
Das bramuras inocentes que longe se faz,. agora.
E dentre tantas coisa boas pra se lembrar,
Alegres, tristes ou ruim...
Você vem me visitar,
Nas lembranças aqui dentro de mim.
Quantas vezes ou seus risos...
Sua voz chamando de meu amor...
Meu coração ficava de sobreaviso,
Era uma sensação boa, nunca de dor.
Algumas vezes ouvi seus suspiros...
Ouvi seus mais sensiveis soluços...
E na saudade faço giros...
Nelas em meus desejos, debruço.
Ah! Quando a saudade me pega...
Como um dia assim de chuva fria...
Que ao inverno de apega,
Como se apega a poesia...
Nuances tal qual lampejos...
Das coisas boas que você deixou...
Que no tempo transformaram em desejos....
Tempos que o tempo não apagou.
E onde você estiver...
Com quem o seu tempo se ocupa...
Saiba que venha o que vier...
Naquele tempo, vivi meu tempo, sem culpa.