A BARREIRA

Nem me fale da barreira do tempo

É implacável, fria, impiedosa

Não há desvio ou atalho

É dura e rigorosa

É, assim, perigosa

A intransponível parede

Afigura-se feia, tenebrosa

Real, impávida, sem arremede

E não retroage e nem há espera

Quem nela chega, esbarra

Sem saída, se dilacera

E não se desamarra

E preso em sua garra

O homem sente seu final

E ver morrer o que sonhara

Na verdade estrita da hora fatal

16/06/2007

Paulo Gondim
Enviado por Paulo Gondim em 17/06/2007
Código do texto: T530287
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