A BARREIRA
Nem me fale da barreira do tempo
É implacável, fria, impiedosa
Não há desvio ou atalho
É dura e rigorosa
É, assim, perigosa
A intransponível parede
Afigura-se feia, tenebrosa
Real, impávida, sem arremede
E não retroage e nem há espera
Quem nela chega, esbarra
Sem saída, se dilacera
E não se desamarra
E preso em sua garra
O homem sente seu final
E ver morrer o que sonhara
Na verdade estrita da hora fatal
16/06/2007