Flores de maio
Bem sei em que circunstâncias vieram ter em minhas mãos
Estão soltas e passeiam no jardim
Pus-me a regá-las todo dia e a não negar minhas lembranças
Sei que são minhas como filhos em criança
Quando as olho vejo o que veem outros olhos
Pura arte da natureza que avermelha o outono
Mas no meu coração quando meus olhos se fecham, se agita o que ainda arde
E se não me acabo em tristeza
É porque ainda que tarde não deixasse de viver
Vivi, amei, sofri e desertei o que não posso esquecer.