Oroboro.

Assim como um homem brando.

Sem fogo em meus olhos.

E minha mente, coberta por neblina.

Pressionando a impressão.

Dos pontos de vista das minhas noites sonambulas.

Recompondo frases-chave.

Mesmo se chover, são só gotas em meus olhos.

Sem quaisquer lembrança.

Nenhum sentimento longínquo.

Tentando iniciar o fogo.

Para aquecer meu coração solitário.

Não há mais amor para incinerar-lo.

É próprio para os homens

Para ficar triste às vezes,

Com criaturas de sua própria criação.

E o meu passado é apenas o álbum de um jornal.

Eu não preciso de detalhes,

São apenas páginas passadas.

Eu me sinto como um eterno novato.

Sempre a partir do ponto zero.

Sempre pronto para poder começar.

Eu vejo tudo acontecer novamente.

Tudo como um previsto dejavú.

Eu sou a cobra,

Que come a minha própria cauda.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 06/07/2015
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T5302030
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