Nem Drummond, nem Pessoa...
Quando criança
muito desejava ser adulto.
Tornei-me adulto e
criança queria
tornar a ser.
De certo sou alguém
que não passa
de um vulto,
procurando no oculto
a razão para viver.
Quando poeta
tentava ser,
descobri que
minhas rimas
são por demais pobres,
não são para ouvidos nobres.
Também não sou nenhum Drummond,
muito menos sou um Fernando Pessoa.