ainda que possa

Ainda que...

Ainda que...

Não tenha elegido tal poder

Em mãos tão bandidas...

Ainda que... Não os tenha

Procuradores impensados

Dessas nossas lidas...

Ainda que...

A força demonstrada inepta

Seja efêmera, rasa, torta...

Ignóbil estreita mente...

Teremos por saudade a trave

De usuras próximas?

Ainda que...

Estejamos de mãos postas

Apenas assistindo desaforos

Que nossos bolsos repelem

E se nauseiam em tê-los

Como vísceras abertas...

Ainda que...

Queiramos o novo como

Promessa, abstida ser

Enquanto perca, saibamos

Que ao sofrer tal perda

Nos debelamos lento...

Pela paz roubada com

O roubo de nossa grana,

Pelo futuro duvidoso

De nossos descendentes,

Sejamos francos: ainda que

Possamos, nós erramos!

Somos responsáveis

Pelo voto, pelos devotos,

Pelos ex-votos a perecer

O tempo de derrotas

Impostas pela ineficiência

Dessa gama.

sergiodonadio.blogspot.com

sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 06/07/2015
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