ainda que possa
Ainda que...
Ainda que...
Não tenha elegido tal poder
Em mãos tão bandidas...
Ainda que... Não os tenha
Procuradores impensados
Dessas nossas lidas...
Ainda que...
A força demonstrada inepta
Seja efêmera, rasa, torta...
Ignóbil estreita mente...
Teremos por saudade a trave
De usuras próximas?
Ainda que...
Estejamos de mãos postas
Apenas assistindo desaforos
Que nossos bolsos repelem
E se nauseiam em tê-los
Como vísceras abertas...
Ainda que...
Queiramos o novo como
Promessa, abstida ser
Enquanto perca, saibamos
Que ao sofrer tal perda
Nos debelamos lento...
Pela paz roubada com
O roubo de nossa grana,
Pelo futuro duvidoso
De nossos descendentes,
Sejamos francos: ainda que
Possamos, nós erramos!
Somos responsáveis
Pelo voto, pelos devotos,
Pelos ex-votos a perecer
O tempo de derrotas
Impostas pela ineficiência
Dessa gama.
sergiodonadio.blogspot.com