Quanta inquietude tem esse mar...

Quanta inquietude tem esse mar....

Em seus braços quis se afogar...

Mas a ressaca fez lançar-te fora...

Quanta inquietude tem esse mar....

Nas suas ondas desejou velejar....

Como num tsunami....Expeliu-te....

Quanta inquietude tem esse mar...

Em dias de sol sua água tão límpida te atraiu....

E na mudança climática... Te feriu....

Sua cristalinidade se enturveceu e você submergiu....

Quanta inquietude tem esse mar...

Sua salinidade peculiar....

Põe a pensar....

Aos lábios dão sabor e nada fica insosso...

Porém ferem os olhos dos que se apaixonaram por sua grandeza...

Traz lágrimas...

Quanta inquietude tem esse mar...

Nas tardes quentes namora com o sol....

Em noites parafraseia com as estrelas chamando-as pelo nome...

Serve de espelho para a lua contemplar sua formosura....

Da guarida para o Farol iluminar os navegantes....

Quanta inquietude tem esse mar...

Por fim... vive mesmo só...

Sua intempestividade põe a todos de sobressalto...

Da previsão do tempo se tornou refém...

Sujeito a chuvas e trovoadas nas manhãs...

Ou em tardes lindas e ensolaradas...

Quanta inquietude tem esse mar....

By Marcos Lopes (Alquimista das letras)
Enviado por By Marcos Lopes (Alquimista das letras) em 06/07/2015
Reeditado em 26/01/2020
Código do texto: T5301584
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