Onde se esconde a América Latina

Por onde andas, compreensão?

Nesta terra de tantas intensidades

Onde se brilha no escuro

E se enamoraram, humildade e vaidade

Colonizado e colonizador

Que atrito sem fim!

Hoje nas faces fascistas

Nas comunidades comunas

No imperial imparcialismo

E no grito literário do policentrismo

A América é de um homem,

América de dor!

Cicatrizada por lutas

E suas passeatas

Filosofias ancestrais, aos anormais

Aqueles, dos animais e vegetais!

Que face louca tem o seu povo

Seu sofrimento e sua alegria

Ambos cinzentos, em vegetações coloridas

No brilho desse pedaço de mundo

Que é fuga de todos os outros mundos

Aqui os teus genocídios são literatura!

E no teu imaginário, a liberdade

No campo e na cidade

Dessa submissão

A um modelo que não te permite

E brilhas nos campos com tua raça

Se adversário, a vida que passa

Tendo como aliado o outro qualquer

Não sei como te encontrarás

Nem tão pouco por que te perdes

Mas teus filhos desunidos

Não se sentem ainda perdidos

Tocam o rumo, no devoro de uma reza

Quem atira pra Deus, prega,

Na cruz o evangelho e todos os seus servos