A LUTA CONTINUA

Foram palavras ditas

À porta das fábricas

Sob bancos toscos

A falar do arrocho

Sem pão não se pode sobreviver

A palavra mudou a região

Pensava-se, com essas palavras

Ia se mudar a nação.

De barba todos se cingiram

Para igual a ele ser

Nos sindicatos trabalhadores pacatos

Guerreiros viriam a ser.

Décadas de luta

Mas se chega ao poder

Poder para que?

Se a luta não pode vencer?

A fome na porta está

A fabrica a porta fechou

E os guerreiros desempregou

A que ponto um banquinho nos levou.

A corrupção deslavada

A mentira usada

O loteamento das empresas nacionais

Em prol de quem os levou ao poder

Essa a razão do funil

Onde se encontra o Brasil

É grande, forte e poderoso,

Mas seu povo,

Pobre, endividado e cabisbaixo!

Mas também acho

Que por todo despacho feito

Agora só tem um jeito

Limpar a área e ficar

Crendo que trabalho feito

Gera um efeito perfeito.

Povo fiel companheiro

Vai lutar para mudar!

Denise Figueiredo,

Faz parte da Antologia Abrali.

TERRA LATINA

Antologia Internacional

ISBN 85 905170-2-0

No ano de 2005

Denise Figueiredo

Enviado por Denise Figueiredo em 06/08/2006

Código do texto: T210547

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