TEMPO DE AMAR
(Sócrates Di Lima)
Houve um tempo de perdição!
Um tempo que já se faz distante,
Onde eu andei na contramão,
Como um louco amante.
Um tempo em que só buscava o prazer,
De ter algém para namorar...
Para fazer acontecer,
No tempo libidinoso do amar.
Foi um tempo de ilusão,
Fantasia e viagens ao mundo erotiozado,
Que deixei de lado toda a razâo,
Pus-me a usar e ser usado.
Ousado, atrevido e desafiante....
Deixando o amor como consequencia...
A prioridade de amante,
Fazia-me viver na inconsequencia.
Mas, claro que tudo valeu a pena...
Não ivi nenhuma mentira...
Vivi a minha realidade apenas,
Atos que a experiência não tira.
Mas, na vida, tudo passa...
O que não é amor, o tempo consome...
Mas, o que dá prazer tem sabor de vinho em taça,
Guardado na memória sem nome.
E por quantos braços eu me abracei...
Por quantos corpos eu toquei...
E tantas bocas eu beijei...
Que, na verdade, as nunca contei.
Foi um tempo de perdição...
Onde o amor valia quase nada....
O que importava era o desejo e a convulsão,
De não ficar sem uma mulher desejada.
Mas também houve o tempo do amor,
onde o coração viveu suas loucuras...
Amor com e sem pudor...
Amor de saudade, vivido com lisuras.
Só que esse tempo já passou...
A experiência fez-me entender...
Se de um amar, o amor não ficou...
Não há porque isto voltar a viver.
Segue-se o horizonte...
segue-se o rio em seu percurso..
Um novo tempo é a fonte,
Para um real amor ter seu curso.
E, é assim que eu quero...
É assim que hoje sinto a vida...
O agora e o amanhã eu espero...
Viver a real paixão que não tenha vivida.
Já não há mais tempo para curtir sem amar...
Já não há mais querer em usar e ser usado...
O tempo hoje é uma estrada a se caminhar...
E a perdição do aventureir, deixar de lado.
Um novo tempo de viver...
Correndo contra o tempo que o relógio enha marcar...
Um tempo onde a experiência faz nascer...
Um novo tempo de amar.