BUSCA
J.B.Xavier
 
Rasguem-me a alma os sonhos
Em busca de se extinguirem em realidade,
Mas não me mantenham nessa espera cáustica
Aguardando realidades que se extinguem nesses sonhares...
 
Escorram de mim as eternas esperanças
Que me habitam em busca de se tornarem certezas,
Mas não me mantenham nessa inquietude
De ver minhas certezas diluírem-se em vãs esperanças...
 
Desabem todos os torreões e as mil muralhas
Que em mim buscam serem planícies plácidas
Mas não me encerrem na imensidão dessas planícies estéreis
Que aos poucos vão se transformando nos muros de minha prisão...
 
Soem em mim toda as harmonias
Que buscam se tornar os acordes de meu renascer
Mas não me isolem nesses silêncios
Onde o renascimento não existe sem as harmonias...
 
Porque enquanto rasgam-me a alma as esperanças,
Escorrem de mim os sonhos que se espraiam em minhas planícies,
Enquanto no campanário de algum torreão distante
Silenciam as harmonias que enfeitariam meu renascimento...

 
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JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 03/07/2015
Reeditado em 03/07/2015
Código do texto: T5298152
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