AMOR COMERCIAL:

É fria e úmida a chuva que cai

Madrugada adentro.

E eu a senti-la aqui sozinho

Encontro esse poema, meu alento,

Esse poema comercial... Ele versa o amor

Fala do amor? Ou de amor?

Ah! Quem falar do amor seria capaz?

Sobre a vidraça em brumas que nos separa

Eu posso exprimir seu rosto,

Meu sonho é comercial!...

Porque assim são iguais todos os textos,

Todas as cenas, e todos os temas,

De amor... São iguais.

Do amor que se expele que se explicita.

Eterno (...). Que como o ódio, e como a libido,

O homem prova para reprovar

E falar de amor é comercial.

Também é comercial,

A criatura que não é do criador.

Deveras minha poesia é comercial.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 03/07/2015
Código do texto: T5298067
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