Última poesia
Não fomos nós a inventar o amor,
Mas novas formas sim.
Não inventamos a roda
Mas rodamos para encontros inesquecíveis.
Não inventamos o fogo
Mas ascendemos a mais quente chama amorosa.
Já conhecíamos o riso
Mas não como o que rimos juntos.
Já tínhamos tomado muitos cafés,
Mas os nossos, foram únicos.
Cada lugar que visitei antes
Não teve a mesma beleza.
Meus versos passaram a ter brilho
E a minha poesia estampou um sorriso.
Foi um tempo de esquecer a agonia
E viver num paraíso de alegria.
Agora a vida volta a fechar as cortinas.
Finda o show.
Ao fundo uma música de acordes sem graça
A lembrar-me que o que é bom também passa.
Um restinho de doce querendo resistir
Mas o amargo entra forte lembrando que é hora de partir.
Eu já disse adeus antes
E confesso, foi bem mais fácil.
Tua resposta desta noite me deu a certeza
Que morremos um para o outro.
Seja feliz, sempre, sempre, sempre.