Velhice
Quem tem pouco tempo,
nesta existência transitória,
transforma o simples momento
em singular episódio da sua história.
As memórias ganham cores
depois de décadas esmaecidas,
e desabrocham flores esquecidas
em empoeirados recantos das vivências.
Na velhice, em sua essência,
o paradoxo com o fim que se aproxima:
acima de todas as virtudes, ficam a paciência e a calma,
enquanto o corpo, desfalecendo, vai aos poucos se separando da alma.
Junho/MMXV