Velhice
 
 
Quem tem pouco tempo,
nesta existência transitória,
transforma o simples momento
em singular episódio da sua história.
 
As memórias ganham cores
depois de décadas esmaecidas,
e desabrocham flores esquecidas
em empoeirados recantos das vivências.
 
Na velhice, em sua essência,
o paradoxo com o fim que se aproxima:
acima de todas as virtudes, ficam a paciência e a calma,
enquanto o corpo, desfalecendo, vai aos poucos se separando da alma.

 
 
Junho/MMXV
Fábio Amaro
Enviado por Fábio Amaro em 01/07/2015
Código do texto: T5295545
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