PALAVRAS SEM FIM
Em uma manhã molhada via-se a incerteza
não se sabe de onde ela surgiu,
se foi de um riacho ou de uma correnteza
meus olhos derramam silêncios
Junto das manhãs incertas
meus olhos escorrem poemas
pela mãos entreabertas
palavras escorrem forjadas
no côncavo das almas
mesmo que espaçadas
atravessam em mim
correm como um rio
de palavras que não tem fim