PALAVRAS SEM FIM

Em uma manhã molhada via-se a incerteza

não se sabe de onde ela surgiu,

se foi de um riacho ou de uma correnteza

meus olhos derramam silêncios

Junto das manhãs incertas

meus olhos escorrem poemas

pela mãos entreabertas

palavras escorrem forjadas

no côncavo das almas

mesmo que espaçadas

atravessam em mim

correm como um rio

de palavras que não tem fim

Amélia Queiroz
Enviado por Amélia Queiroz em 30/06/2015
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