BAÚ DE CANTADOR
Tenho dinheiro não,
mas tenho um violão
e vou compondo enfim,
sonhar não custa nada
e a estrada pede uma ilusão.
Poeta nunca rasga o seu papel.
Representando segue o menestrel,
em dissonâncias que se perdem
compassadas, nas madrugadas
no imenso azul do céu.
Baú de cantador,
tem melodia,
tem harmonia.
Quem tem a lua em companhia
não carece de coisas banais,
nem cai em desencanto,
pois com certeza
encontrou a paz
na força do seu próprio canto.
Saulo Campos - Itabira MG