Complô
O desatino tem faro fino
para perscrutar-me os desvãos.
É em vão tentar ser normal,
em meio à gente que se atropela
nessas massas humanas que inundam metrôs.
Um dia farei um complô,
com todos os dignos malandros,
para pôr em limpos panos
seja lá o que for.
Ainda não sei qualé,
mas sei que alguma coisa é,
e que, sorrateira, está chegando:
só falta formar o bando.
Abril/MMXV