BARBÁRIE

Há Caválos de Ébano que atravessam a Noite desfigurando o Asfalto

montados por Espectros trajando negro cujas Foices arrastando

abrem o Chão estripando ao Urbanismo Feroz

Há índios desmaiados sob carcaças de estrelas cobertas de musgo

na floresta sobrada ao Poente da Era dos Homens e das Batalhas

a Morte cavalga com as tropas esvoaçando o manto de constelações

através do Abismo da Tecnologia e à sua passagem

as Ciências exatas jazem destroçadas

Por toda a Terra Bárbaros cantam arrancando os Portões da Tecnocracia

o Ocidente cansou de ser o Sono do Sol