Confinamento

Quem se doa em ligação

compreende aqueles que amam

Braços que se agregam

Olhares numa mesma direção...

Confinamento de uma poetisa

A zombar das paredes

Que a cercam...

Tecendo tramas de afeições

Bordadas com miçangas de esperanças

...tece tecendo a si mesma

Num amor não correspondido!

Pobre poetisa...

...tece incompreendida!

Em silêncio a calar

as vozes que ecoam...

Depois de germinada a semente

o amor começa a crescer...

Pobre poetisa...

Sempre podando as raízes

e esperando colher...

Colher o quê?Frutos?

Da emoção?...

Impossível... se não cultivar!

Por cativá-la chega ao destino

Custe o que custar...

Pobre poetisa... sou eu...

Por um poeta fui me apaixonar

Apenas mais um ser humano

E ofereço a ti o que cada um pode dar

O amor... a espera ...a proeza...

Até as misérias

que fazem parte das minhas riquezas!

Não procure no papel ou em mim

mas nos versos das minhas poesias...

Escrevo em fartos espaços e

pra não me afogar no seu mar,

me afogo em minhas poesias,

que me embriaga...

e agora me afogo em lágrimas

enclausurada nesse estranho conforto

de viver por te amar!

vanda costa
Enviado por vanda costa em 27/06/2015
Código do texto: T5292139
Classificação de conteúdo: seguro