Vou rifar meu coração
A minha vida é esse silêncio triste
há uma ausência constante, nesse suplício de dor
nos versos que choram em retas transversais
A voz da razão me cala, num sussurro de magia
a saudade machuca de novo, num sopro de nostalgia.
Meu verso trás seu retrato, em vozes que nunca ouvi.
Meu corpo ofegante e esfomeado
e lábios cheios de desejo, nesta triste noite fria
é tudo que tenho para te oferecer.
Grito ao vento que te quero
derramando sangue pelas muralhas que nos separam
molhados pela chuva que chora nas doces nuvens de algodão.
Tenho medo da tempestade, no meu mundo de mal me quer
pois trovões me atraíam em segredo, na sua atrevida sedução
caminhando áspero no silêncio, estranhas formas assume a vida.
Vou rifar meu coração, os minutos , aos pedaços um tanto indiscreto
E o mundo voltará a sorrir, nesses versos que falam de você!