INVERNO

INVERNO

Anda a aragem fria

Num céu azul profundo

Não há vento correndo

Afinal para que pressa

Nesta época a noite

Chega mais cedo

Mais tarde amanhece

E a gente se apreguiça

De sair da preguiça

Envolvidos nas cobertas

Mas assim que sai

Bate o gelo na face

Bate a beleza nos olhos

Bate o sol que não aquece

Bate a vontade de não piscar

Para não perder um milisegundo

Da beleza invernal

Que nos embevece

Por ser presente divino

Oferecido sem paga

Para aqueles que ainda conseguem

Sensibilizar-se com o natural

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 27/06/2015
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