Poema da Perdida Amada
Do fundo do meu coração magoado,
Este poema da soledade eu componho;
Mas lembro que, outrora, apaixonado,
A imagem dela me convidava ao belo sonho.
Os lábios da minha perdida amada
Eram desgastados por beijos de mentira;
E, até hoje, sua alma se nutre, encantada,
De centelhas coloridas que a vaidade lhe atira!
Fluem em meu coração e minha mente
Oceanos de idéias e de lembranças...
Revejo-me, poeta louco, febrilmente,
Rimando seus olhos com minhas esperanças.
Baldadas rimas! Cantava um amor de acalanto,
Com a loucura que agora se revela:
Ela não viveu comigo, mas é certeza, entretanto,
Que eu e os meus pecados já vivemos com ela!...