Turvando
O azul se turva
na dobra da curva
e vira vermelho.
Misturados ambos,
pululam os roxos
e ouvidos mochos.
A boca se cala
e não sobra nada
além da palavra.
Escrita na pedra,
esculpida em lavra
em ponta de enxada.
E resta o silêncio
e o tempo que apaga
loas proclamadas.
Junho/MMXV