Turvando
 
O azul se turva
na dobra da curva
e vira vermelho.
 
Misturados ambos,
pululam os roxos
e ouvidos mochos.
 
A boca se cala
e não sobra nada
além da palavra.
 
Escrita na pedra,
esculpida em lavra
em ponta de enxada.
 
E resta o silêncio
e o tempo que apaga
loas proclamadas.
 
 
Junho/MMXV
Fábio Amaro
Enviado por Fábio Amaro em 27/06/2015
Código do texto: T5291160
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