Silêncio em cores
Nas cores há uma ternura em dia
O tempo perpassa e disfarça a tonicidade
Num caminho fugaz e sem tempo
Que mostra em cores o vergão do meu eu
São cores possessivas em escalas
E denotam a essência que fascina
Na certeza do brilho avermelhado do sol
Mostrando a suavidade do meu olhar
No refluxo da penumbra surge a melodia
Dos olhos negros cansados pelo destino
Que vacilam na água abstrata da seiva
E segue a essência informal em listras
Soa na fala cantante uma lembrança antiga
E na oração decota o canto que surge
Nas ondas que transitam em léguas no mar
E formam no horizonte um silêncio em cores
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