Corpo teatro da alma
Chão riscado de preto
Faz-se o universo
Em círculos contínuos
O corpo vai ganhando negrume
Transforma-se em espaço
Ciclo, círculos da noite
Nua, nua, nua
A lua
Eva pintada
De sonho e palavra
Corpo teatro da alma
Absorto
Afoga-se na tina
Arrepio adrenalina
Quase sem ar
Pega fôlego, suspiro sôfrego
Para mergulhar profundidades
De lá, vê-se toda a cidade
O vento faz beijo em pinheiros
Enquanto bebe-se
Vinho e fogo,
Antigamentes da modernidade.