NO PAÍS DAS MARIAVILHAS
NO PAÍS DAS MARIAVILHAS
Olhos expressivos, espelhos da alma, sorriso farto e uma expressão diáfana. Pobre mortal sou, que nesse végeto estado me é vetada a oportunidade da forma límbica de me anastomosar a tua silhueta que me fustiga os pensamentos. Como é conviver desse sabor de forma explícita e completa ? Verte é um paradoxo, o antagonismo por vezes cruel, em vislumbrá-la em estática na foto, o que me força a imaginar teus passos belos, graciosos, provocantes e porque não dizer de aspecto viril ? A magnitude de teus apêndices, uma armadilha mortal, exalas uma paixão que me impressiona os sentidos, novas propriedades organolépticas inseristes no cotidiano de minha vida mortal. São multiversos, viagens ultrapassando galáxias, sem no entanto me mover da frente de minha máquina. Penetras nos recônditos de minha alma, na força vital de meu ser, modificas as minhas sinapses, realizas a teu bel prazer as complementaridades que julgas serem as corretas, e portanto, faço o que determinastes em meu cerne, de forma prévia e inexorável. Ao que tu chamas de mar de gente, são legiões de seres acorrentados ao teu semblante, que como fosse feito das pinceladas irretocáveis de anjos, arcanjos ou até mesmo querubins. Você foi uma dádiva ao mundo masculino, e se encontras sem amor ? Talvez seja esse o maior paradoxo, por teres aos teus pés massas humanas incontáveis. Gosto de parafrasear Salomão em seus cânticos, os quais relacionava-os aos seus amores. A dúvida que me corrói é de não ter a certeza se me municiei suficientemente para alcançar o teu patamar, quisera eu poder me expressar feito uma nova língua e criar adjetivos jamais contemplados para o belo, os quais nunca foram pronunciados.
NO entanto, essa concepção já foi concebida.
O que poderá estar em um só corpo reunido de forma a ser:
MARIA
MISTERIOSA – AMÁVEL - RECALCITRANTE - INIGUALÁVEL - AMADA