Ainda trago comigo
Ainda trago comigo
aquele sorriso bom de
gaiato sonâmbulo na
beira da estrada, certo
de que vai se safar disso
ou daquilo outro; claro...
Ainda trago comigo
aquela vontade grande
de revolucionar o
que quer que seja ou a quem
quer que seja que esteja
no caminho; melhor sair...
Ainda trago comigo
aquela ginga, aquela
manha de quem conhece o
alvo, mas prefere errar.
Só para não dar o braço
a torcer; quero distorcer...
Ainda trago comigo
aquele rebelde que fui
que sou, que serei, dentro de
mim, sim, pronto para sair.
Mostrando-me que a vida
vale a pena; é, sempre...
Ainda trago comigo
aquela maior vontade
de experimentar e ser
uma metamorfose e
ambulante, como diz o
Raul, maluco; beleza...
Ainda trago comigo
um não sei quê de estar, ah...
fora de ordem, dentro de
mim mesmo, perto da minha
harmonia, do meu ser e
caoticamente; enfim...