TEM CASÓRIO NO AR
Ao abrir a janela
e diante dela
vejo a capela.
Telhas grisalhas
paredes amarelas
em tons suaves
mistérios revela.
Portas simplórias
também sem tramelas.
Domingo de sol
com toda cautela
caminhando lento
casa a donzela.
O padre acena
pergunta a ela
o nome dela,
baixinho responde
me chamo Estela.
Vestida de branco,
enfrente ao altar
chora a gazela
ao ver o seu noivo
entrar sorridente
trazendo um cravo
enfeitando a lapela.
Após o casório
se abraçam, se beijam
de mãos unidas
descem a ruela.
Desse dia em diante
ela será dele e ele será dela.
SONIA BRUM