FOLHA BRANCA

FOLHA BRANCA

E a folha branca

Qual estivesse morta

Na brancura desanca

A poesia que bate a porta

E que mau se comporta

Não há rima nem verso

No esforço disperso

Para montar ao menos

Uma estrofe

Uma catástrofe

Que se irradia

Por noite e dia

E deságua em nada

E nada, nada

Num oceano sem ondas

De inspiração

Apenas espumas e brumas

Soturnas

E a cabeça vira urna

De despoesias

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 24/06/2015
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