FOLHA BRANCA
FOLHA BRANCA
E a folha branca
Qual estivesse morta
Na brancura desanca
A poesia que bate a porta
E que mau se comporta
Não há rima nem verso
No esforço disperso
Para montar ao menos
Uma estrofe
Uma catástrofe
Que se irradia
Por noite e dia
E deságua em nada
E nada, nada
Num oceano sem ondas
De inspiração
Apenas espumas e brumas
Soturnas
E a cabeça vira urna
De despoesias