De Junho

Era uma vez, um junho muito sombrio...

um desértico mês com areias tão frias;

e nessa aridez, que secava meus dias,

a secura me fez sentir sede de rio.

No meu seco olhar, de retinas vazias,

como se fosse um mar, você me surgiu;

sem o sal de salgar...sem as ondas do frio;

num quente adoçar de meigas alegrias.

E o junho, então, que seria gelado

(gelo de solidão num tão árido ninho)

trouxe a sua mão...o seu quente carinho...

encheu um presente, tão vazio no passado

e fez sorridente o que tinha chorado...

meu junho a sente...não está mais sozinho!

23-06-2015

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 23/06/2015
Reeditado em 11/12/2015
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