Ao Sabor de Todos os Ventos
Ao sabor de todos os ventos
Se despede da razão e parte
Para um espaço secreto e tão à vista
Onde mãos não se tocam
Mas pensamentos se entrelaçam
Revelando desejos
Se olhar para o horizonte verá
Um céu laranja que encontra a areia brilhante
Louca ampulheta
que marca quanto tempo temos
Antes de anoitecer para nossos olhos
E amanhecer aos mortais
Então temos que nos abandonar
Ao sabor de todos os ventos
E ver nossas velas cheias de razão outra vez
Cegueira a nos empurrar
De volta ao velho mundo
Dos poetas comuns, das palavras vazias de ser
Poeta sem rima
Por isso te quero
Ver chegar algum dia
Ao sabor de todos os ventos
Sem rima, sem rei
Abandonada ao me ouvir falar