CAMINHANTE
Caminhante segui...
Andei pelos rastros do homem,
Subi montanhas de gelo e pedras
A espreita de densos escudos,
A espera das energias cósmicas.
Retratei tesouros...
Busquei preciosidades eternas,
Coragem, ética e luz.
Rendi-me às ciladas no caminho,
Icei, do fundo de mim, os sinais.
Um referencial, um homem,
Fez-me temperar a alma e o caráter,
Meus traços, minha essência.
Escalonei subidas e descidas,
Deixei flutuar meu espírito no além.
Acenos e orações me detiveram,
Lágrimas e sorrisos de adeus...
Mistérios da vida, incógnitas,
Olhares perdidos, translúcidos
Em meio à ascetas e pagãos.
Remotos desejos me contagiaram...
Amei com ternura e ardor.
De artefatos mágicos, cobri-me,
Na luz cálida de ruas estreitas,
Onde mente e paixão se entrelaçam.
Que inacessíveis esconderijos
Encerra a terra em suas entranhas?
Que dizem estes enigmas?
Como decifrar estes mistérios,
Emaranhados de redes e precipícios?
Ah! Se vaguei...
Por labirintos me embrenhei.
Viajei com passos ávidos,
Vislumbrei mil cenários...
Amalgamei meu ego e loucura.
Preces escritas o vento leva,
Cânticos ressoam por vielas e ladeiras,
Faço, da lida, afinada sinfonia.
O orvalho pinga em minhas pupilas,
Fascinada, sigo uma nova trilha.
Apaixonei-me obstinadamente...
Ainda me arrancam suspiros,
Poetas, anjos e deuses,
Vou sorvendo, em meus lábios úmidos,
A borbulhante alegria de ser viajante.
_______________________
Poetisa: Izabella Pavesi
Foto: G.Kuerten
Caminhante segui...
Andei pelos rastros do homem,
Subi montanhas de gelo e pedras
A espreita de densos escudos,
A espera das energias cósmicas.
Retratei tesouros...
Busquei preciosidades eternas,
Coragem, ética e luz.
Rendi-me às ciladas no caminho,
Icei, do fundo de mim, os sinais.
Um referencial, um homem,
Fez-me temperar a alma e o caráter,
Meus traços, minha essência.
Escalonei subidas e descidas,
Deixei flutuar meu espírito no além.
Acenos e orações me detiveram,
Lágrimas e sorrisos de adeus...
Mistérios da vida, incógnitas,
Olhares perdidos, translúcidos
Em meio à ascetas e pagãos.
Remotos desejos me contagiaram...
Amei com ternura e ardor.
De artefatos mágicos, cobri-me,
Na luz cálida de ruas estreitas,
Onde mente e paixão se entrelaçam.
Que inacessíveis esconderijos
Encerra a terra em suas entranhas?
Que dizem estes enigmas?
Como decifrar estes mistérios,
Emaranhados de redes e precipícios?
Ah! Se vaguei...
Por labirintos me embrenhei.
Viajei com passos ávidos,
Vislumbrei mil cenários...
Amalgamei meu ego e loucura.
Preces escritas o vento leva,
Cânticos ressoam por vielas e ladeiras,
Faço, da lida, afinada sinfonia.
O orvalho pinga em minhas pupilas,
Fascinada, sigo uma nova trilha.
Apaixonei-me obstinadamente...
Ainda me arrancam suspiros,
Poetas, anjos e deuses,
Vou sorvendo, em meus lábios úmidos,
A borbulhante alegria de ser viajante.
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Poetisa: Izabella Pavesi
Foto: G.Kuerten