A Espreita

No canto escuro/

Entre os muros/

Estão os oportunistas/

Calados em sua mediocridade/

Em sua falta de vontade/

De erguer a cidade/

Torcem contrários/

São identificados/

Como a mais pura omissão/

Quem rege o chicote/

Não deve se quer perguntar/

Por uma solução/

Há lobos uivando/

Enquanto a nação/

Agonizando/

Conta com o trabalho dos humildes/

E a depressão dos poucos/

Ninguém sabe a direção/

Só gritam/

Pra aliviar a dor no coração/

Temos dado muitos passos/

Sazonando Educação/

Mas o que vem as mãos/

É a miséria/

É a falta de respeito/

Injustiça e corrupção/

Entram empreiteiras/

Saem feudos/

Como partidos políticos/

Mas todos com a ideologia/

De fisiologismo/

Para se garantir no poder/

Então estão nos porões da Democracia/

A escrever dia a dia/

A hora de se morrer/

Pois que a vida/

De viver/

Nos é imposta após a morte

Cuidemos da hora/

Eles estão rondando/

Seu sorriso juvenil/

Soa como febre/

De um pecado vil/

Se nos permitimos assentar a mesa/

Haverão de nos servir como sobre mesa/

O veneno mais cruel/

Que a fome/

A ignorância e o silêncio/