FLAUTA


        REPUBLICAÇÃO (Poema de 08 de março de 2012)    
     NOTA. ESTE POEMA É SÓ LINGUAGEM, SÓ LINGUAGEM. ESTE POEMA É SONS.




A flauta funda
fértil fauno
a fecundar ninfas
a fecundar fábulas
fontes a jorrar
nadas nuncas.
A flauta é funda.


Nadas nuncas
que a flauta funda
feudos
flâmulas
feridas a jorrar
formas fatídicas.
A flauta é funda


a forjar forjas
ferozes fendas
fronteiras filigranas
a fulgir, a jorrar
na funda flauta
informes formas
nadas nuncas


nadas nuncas
na funda flauta
fundidas faces
falo febre fogo
sêmen dos segundos...
sêmen dos silêncios...
sêmen... deuses assassinados.