VEM COMIGO
Vem comigo apanhar estrelas penduradas no varal da noite.
E vamos entoar o silêncio do orvalho
que acaricia as pétalas das açucenas ao luar.
Juntos seremos a brisa incessante a bailar os cabelos negros da noite.
E cachos dourados de sonhos nos trigais infinitos do bem-querer.
Carruagens de ternura já se adiantam na estrada.
E cavaleiros de lua já tangem esperanças pelos ermos.
E trilharemos esse desejo que espreita silente nas veredas.
E nos perderemos no sem fim desses grotões de carícias adivinhadas.
Errantes peregrinos, etéreos viajores
nos descaminhos de nós mesmos.
Cavalgaremos o alazão do destino,
cabelos ao vento, duas almas aladas.
Tu e eu, juntos, cavaleiros do amor na solidão da noite.
Vem comigo, que é longa, mas alegre e promissora a jornada.
E tinem e refulgem os cascos de prata
erguendo poeira de estrelas,
sem medo de nada.
Tu e eu, juntos, cavaleiros da ternura no dorso da noite,
dois brilhos de esperança tangendo cumplicidades.
E sentimos na pele a carícia da brisa
a inaugurar o esplendor de uma nova alvorada.
Esporeamos o horizonte e avançamos,
rédeas soltas, engolindo a madrugada.
À frente tudo. Atrás, apenas a poeira.
E rastros de ternura mapeando a estrada.
Vem comigo, que o amor na vida é tudo.
E sem amor a vida é nada.
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OBS.
Este poema está no meu livro APENAS PALAVRAS,
que sairá agora em AGOSTO/2015...
Aguardem o lançamento...