Penso e escrevo.
Escrevo mesmo com temor
Timbro o que sinto
O que mexe e remexe
com o recheio do cérebro.
Sentimentos contidos,
incompreendidos.
 
Um verso ou um dístico
que escrevo
é um pedido do cerne,
é um feito...
meio sem jeito?
Pode ser... é um grito...
... quer ser ouvido.
 
E se for um sussurro discreto
Ou um sentir destemido
Com desejo de voz?
E pode ser um verbo louco
Que corre no leito do corpo
Com fome e sede
De ser um texto...
Eis-me pronto!