PASSA/TEMPO

Olho as pessoas que passam.
Carrancudas vão à luta
da sobrevivência diária.
Andam todas apressadas
como se o tempo corresse
e elas lhe fossem no encalço.
Um caminhão gigantesco,
carregado, apita... e passa.

Passa o tempo, passa o vento,
tudo passa. Passa o passo
nas calçadas encharcadas,
no asfalto preto e baço.

Tudo em volta é movimento:
somente eu perco tempo,
somente eu marco passo.



 
Atendendo ao convite de Ana Bailune,
 Ana Lúcia Paiva e WRamos
para participar do Sarau Literário.