DE REPENTE
De repente posso sair
e não mais voltar,
um carro me atropelar,
um criminoso em mim
atirar-me.
Uma bala perdida me
encontrar.
De repente alguém
não for com minha
cara, um soco me
desferir e me levar
ao chão, e nele
eu ficar.
De repente eu no
ônibus ou no carro
me acidentar
e lá se vão
meus dias na Terra.
De repente tenho
que amar, amar,
amar.
De repente o amor
faz bem ao coração,
mas amar a quem
me ama, sem sofrer
com os desenganos.
De repente a vida
não é masoquismo
e só se importar
com que te quer.
É perda de tempo,
de vida quem
persiste, insiste
com quem acha que
você não existe.
De repente pode
ser assim, sem perdas
e danos e não insistir
com os desenganos.