CANSADO DE SER VIL!...

Eu estou trêmulo de agonia

Cheio de cansaço... Todo o cansaço

Que o mundo me pode ofegar,

Cansaço do labor,

Cansado de fragrâncias... E seus fregueses,

Cansaço da leitura que não se ler,

Dos mestres a mestrear a metafisica,

Cansado de pecar

Pelos crentes que não pecam à vida,

Por um deus de igualdade.

Que deus não sei...

Eu...

Pechoso? Incógnito? Divinal?

Eu...

Assim como a noite ofusca-me o brilho do olhar

Cansado sinto-me da vileza de todo eu...

Na incógnita do existir e ser.

Cansaço de tudo que nada somos!

Cansado de me ser vil, reles, imperfeito,

Ao que me parece, não há gente no universo!

Todos perfeitos, nobres, magníficos.

Eu sou eu,

Permaneço eu.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 19/06/2015
Reeditado em 24/06/2015
Código do texto: T5283139
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