Quando éramos gente
Quando éramos gente
E quando éramos algo
E quando éramos vertente
De quando éramos gente.
E quando éramos gente?
Sente o som da gaita?
Sente o som do piano?
Da harpa?
Das batidas dos corações?
Dos gritos de morte?
Da enchente vos afogando?
Quando éramos gente
A gente mesmo fazia
Cada som, cada tom
E cada rede vazia.
Se aglomerar
E se mesclar
A cada som
A cada tom.
E agora?
Você consegue vê-los afogados?
A maré já baixou
A gaita continua
O piano também
A harpa foi destruída
Mas... mais ninguém.
Fui apocalipse enquanto você lia
E, de barriga vazia,
Sentiu muito, agonia
Mas a gaita continua...
E você?
Vai fazer desse entendimento hipocrisia?