Pesares
Andares de um ponto luminoso e frio,
sentidos que jamais seriam impostos,
mas que vão aceitar meus ais e minhas condolências pelo passamento de um sonho.
Por ocasião do choro,
contive-me,
sobressaia em mim a verdadeira causa da matéria.
Deixar morrer um sonho é como deixar que a vida se vá.
Olhos turvos,
desvelos vãos,
causas impossíveis.
A cada passo de uma viagem passam várias cenas..
Mil sentimentos envolvidos em sentidos sem nexo,
íngremes,
pálidos,
espezinhados.
Abismada percorro a senda que me cabe.
Ímpares,
dizimados,
vazios,
complicados.
Vã filosofia em que o completo não satisfaz,
caminhos que jamais se cruzam.
Mesmo deixando um gesto,
precisaria de mais vários sinais a fim de revelar-me.
Não é que eu não queira,
mas não posso.