Navegar
No mar que enfrento a velejar,
vejo em ti apenas um simples gostar.
Em mim há muito mar neste amar.
Um oceano de amor que só quero
navegar.
Navegar no teu colo, teu leito, teu cheiro.
Nas ondas raivosas de um vento traiçoeiro.
Sim, enjoar-me-ei, mas fartar-me-ei por inteiro.
Neste louco valente que sou, desbravador,
pioneiro.
À deriva no tempo de minhas memórias,
entre contos e histórias, navego neste mar.
Sem terra, sem ilha, sem porto, sem ela.
Quero aportar. Quero amar.
Mário De Oliveira