COTIDIANO

COTIDIANO

Assim pensando vivo meu cotidiano

Que rotina tenaz espera desengano?

Pra que belo sorriso apenas pontual

Não seja mais que um mero ritual

Falando baixinho aguardo proposta

Na paz do silêncio imagino resposta

Todo dia rotina que não deixa parar

Talvez te amando eu consiga mudar

À noite te quero numa intensa paixão

Na que foge às regras da velada razão

No meu coração quanto vale o amor?

Tal quimera transcende certeza da dor

Guardo no peito a lembrança da sorte

Já encaro de frente misteriosa morte

No momento do tempo desejo seguir

Da vida e da arte não pretendo fugir

Marco Antônio Abreu Florentino